Por Marcos Monteiro.
CODÓ EM FOCO
No último dia 22 Codó perdeu seu maior intelectual o escritor e historiador João Batista Machado. João Machado morreu aos 90 anos , lançou dois livros de grande circulação no estado “ Codó, Histórias do fundo do Baú” e O Imaginário Codoense e ainda participou da Antologia dos poetas da nova geração. Homem de personalidade criativa e sempre disposto a levar o nome de sua cidade aos mais longe rincões do Brasil sempre foi preocupado com a historiografia de Codó não foi a por acaso que seu livro “ Codó, Histórias do fundo do Baú” é dos best seller mais lindos do Maranhão. João Machado esteve presente em todos os acontecimentos históricos da cidade atualmente ele exercia o cargo de presidente da Academia de Letras de Codó.
A missa de corpo presente do Presidente da ACLAC, João Batista Machado, foi realizada ontem dia 23 de março de 2016 (quarta-feira) às 8:00h da manhã, na Capela de Nossa Senhora das Graças.
João Machado partiu deixando um legado que ajuda a engrandecer ainda mais o município de Codó.
João Batista Machado
* 24/07/1925
+ 22/03/2016
+ 22/03/2016
Mais Informes sobre o Históriador e Escritor você pode ver abaixo escrito pelo também intelectual o Advogado Dr. Francisco Mendes.
NOSSA QUERIDA CODÓ PERDEU UM DOS SEUS MAIS BRILHANTES FILHOS. MEU AMIGO, MEU COMPANHEIRO, O PROFESSOR JOÃO BATISTA MACHADO AUTOR DOS LIVROS: "CODÓ, HISTÓRIAS DO FUNDO DO BAÚ" E "O IMAGINÁRIO CODOENSE", .
No mês de agosto do ano de 2002, juntamente com os Escritores Ivonete Mendes de Sousa, Rosalva Komora, Dilma Holanda de Melo, Professor Carlos Gomes e outros amigos e após várias reuniões realizadas na Biblioteca Municipal “ Professor Fernando de Carvalho” e na União Artística Operária Codoense, fundamos a Associação Cultural “ Antônio de Almeida Oliveira ”( nome dado em homenagem a um grande intelectual e escritor codoense).
A Associação Cultural “Antônio de Almeida Oliveira”, após a sua fundação no de 2002, e já nos idos dos anos de 2003 a 2006, desempenhou um papel de grande importância na difusão dos valores culturais codoenses.
A Associação Cultural seria, mais tarde, a semente para a criação de duas outras grandes Instituições Culturais de Codó: O Instituto Histórico e Geográfico de Codó-IHGC, no ano de 2006 e mais tarde no ano de 2015, a Academia Codoense de Letras, Artes e Ciências –ACLAC.
Sobre esses eventos e em sua homenagem escrevi o Texto: "A história codoense e as instituições culturais": http://www.blogdoacelio.com.br/…/por-francisco-mendes-a-his….
Por todo o Conjunto da sua Obra e sua simplicidade de ser humano. Meu Grande Amigo e companheiro você jamais será esquecido pelos seus amigos e será sempre eterno entre nós e presente na História e na Cultura do Município de Codó. Abraços a Todos. Mendes.
Por todo o Conjunto da sua Obra e sua simplicidade de ser humano. Meu Grande Amigo e companheiro você jamais será esquecido pelos seus amigos e será sempre eterno entre nós e presente na História e na Cultura do Município de Codó. Abraços a Todos. Mendes.
E mais...
SOBRE JOÃO BATISTA MACHADO
João Batista Machado. Escritor, nascido no dia 24 de junho de 1925, numa fazenda, do povoado São Miguel, deste município. Foram seus pais, o Sr. Marcelino da Cunha Machado e Srª Raimunda Viana Machado, proprietários de terras, criavam gado e forneciam lenha e dormentes de madeira para a Estrada de Ferro São Luis – Teresina.
Aos dez anos de idade, lia Humberto de Campos, Olavo Bilac e outros, com o prazer que têm os amantes da leitura. Ler, para ele, era a melhor coisa da sua vida; inteligência privilegiada.
Foi aluno da Escola Ferreira Bayma, mais tarde do Grupo Escolar Colares Moreira, em 1934, quando foi criado; ali concluiu o Curso Fundamental, como hoje se denomina.
Foi aluno da Escola Ferreira Bayma, mais tarde do Grupo Escolar Colares Moreira, em 1934, quando foi criado; ali concluiu o Curso Fundamental, como hoje se denomina.
Ano de 1939, retoma seus estudos; mesmo não havendo o Curso Ginasial em Codó, preparou-se e foi para São Luís, ali chegando, presta Exame de Admissão ao Colégio São Luís, e logra aprovação, classificando-se em segundo lugar, como era eficiente a educação em Codó!
Ao concluir o Ginásio em São Luís, vai para o Rio de Janeiro, em 1949, para concluir o Científico e prestar vestibular para o curso de medicina, mas não concretizou esse objetivo, porque chegando na Cidade Maravilhosa, enlevou-se, afloraram-se o vigor e as fantasias, partícipes do cotidiano de todo adolescente, todo jovem e além do mais, ficou deveras entusiasmado com o clima de liberdade que contagiava o Brasil com o pós-guerra. Surgiram os grandes movimentos populares, e aí, não pensou duas vezes – ingressou na política estudantil, elegendo-se Secretário de Alimentação da UME (União Metropolitana de Estudantes). Participou da Campanha “O Petróleo é Nosso”, que ensejou a criação da Petrobrás. Nessa época já era estudante de Direito da Faculdade de Direito de Niterói, transferindo-se em seguida para a Faculdade Brasileira de Ciências Jurídicas, e simultaneamente, cursava História no Instituto Lafayete de Filosofia, ainda lhe sobrava tempo para participar ativamente de movimentos literários.
Trabalhou no antigo IAPC, exercendo cargos de confiança na área administrativa, até aposentar-se por tempo de serviço em 1983. Foi membro ativo da Sociedade de Intercâmbio Cultural, colaborou em diversos Jornais do Rio de Janeiro. Participou das obras literárias: “Antologia de Poetas”, da Nova Geração, compilada pelo poeta Raimundo Araújo, “Antologia da Moderna Poesia Brasileira”, “Suspeita”, peça de teatro; essas importantes obras foram prefaciadas por acadêmicos da Academia Brasileira de Letras, como Álvaro Moreira e Aníbal Machado, dos quais era grande amigo, incluindo-se também, Ledo Ivo e Alcides Pinto, poeta e romancista, este, seu companheiro de república. Foi Secretário do Teatro Popular Brasileiro, dirigido por Solano Trindade.
Assessor político do vereador pelo Rio de Janeiro, Aristides Saldanha, também, do Deputado Federal Frota Moreira, representante do Estado de São Paulo.
Politicamente, identificou-se melhor com a esquerda. Teve a oportunidade e o privilégio de conversar amistosamente com Luís Carlos Prestes, O Cavalheiro da Esperança, e com a sua irmã Heloisa Prestes. Amigo pessoal do ator e comediante Agildo Ribeiro e de seus pais Agildo Barata Ribeiro e Maria Barata.
Aposentando-se em 1983, voltou à terra berço, Codó, juntar-se a sua irmã a ilustre Mestre Maria Alice Machado, para realizar o seu grande sonho como escritor, escrevendo a sua obra prima “Codó- história do fundo do baú”, cuja noite de autógrafos aconteceu a 21 de maio de 1999, nos amplos salões da União Artística Operária Codoense. Esta obra, pela sua relevância esgotou-se logo nos primeiros dias de seu lançamento.
Este homem de alma boa e coração bom, consta da relação de grandes figuras. Continua escrevendo suas obras; recentemente, lançou em noite de autógrafos o livro “O Imaginário Codoense”, no auditório da Associação Comercial de Codó.
PS. Conheci o ilustre escritor na década de noventa quando ainda escrevia o "Histórias do Fundo do baú", na companhia de Cândido Sousa, Cinegrafista, produtor de Cinema e também apaixonado pela História de Codó.
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