Sexta-feira, 22 de dezembro de 2017
O Governo do Estado tem promovido mudanças significativas na saúde e qualidade de vida da população maranhense. Uma das estratégias para esse resultado é Força Estadual de Saúde do Maranhão (Fesma), que realizou esta semana o II Encontro Anual, com a presença do governador Flávio Dino. Um dos destaques apresentados foi o Programa Farmácia Viva, que já alcançou 89 municípios, nos quais 28 dos 30 municípios prioritários que integram o plano ‘Mais IDH’.
“A Fesma é um instrumento de democratização do acesso a serviços de saúde do Governo do Maranhão à atenção básica e que tem resultados notáveis. Tivemos mais de 700 mil atendimentos, mostrando que é uma inovação que veio para ficar”, disse o governador Flávio Dino.
A Força Estadual de Saúde atua diretamente junto à população em situação de extrema pobreza, garantindo atendimento preventivo com foco na redução da mortalidade infantil e materna, prevenção e tratamento de diabetes e hanseníase. Uma das abordagens é o uso correto das plantas medicinais e implantação de hortos com diversas espécies do Programa Farmácia Viva.
“A Farmácia Viva une o saber popular com a ciência, ressignificando o uso das plantas medicinais e democratizando o acesso a medicamentos. É uma forma de aproveitar a riqueza natural que o nosso estado tem, de acordo com a geografia de cada município, e com isso melhorar a saúde dos maranhenses”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula.
Inicialmente, o foco foram os 30 municípios de menor IDH, dos quais 28 já possuem termo de adesão e nove hortos já foram implantados. Contudo, com o sucesso da política outros municípios procuraram o Programa, bem como instituições de ensino e órgãos públicos. No total, 89 municípios foram atingidos, 48 hortos construídos, dos quais nove dos 30 municípios com menor IDH e 39 em outros municípios ou outras instituições.
Mais qualidade de vida
Segundo o titular da Secretaria de Estado Extraordinária de Políticas Públicas (Seepp), Marcos Pacheco, a atuação da Força foi essencial para o crescimento da iniciativa. “Tínhamos uma dificuldade grande de expandir a fitoterapia no Maranhão por conta do preconceito, mas, quando a Força começou a usar, teve um bom reflexo, abriu um leque de oportunidades”, ressaltou.
Presente à solenidade, a professora e pesquisadora Terezinha Rêgo, que há mais de 50 anos pesquisa e se dedica ao desenvolvimento da fitoterapia no Maranhão e no qual o projeto foi inspirado, agradeceu o empenho do governador Flávio Dino, o único, segundo ela, a reconhecer e aplicar a ideia.
“É um velho sonho meu para a melhoria da qualidade de saúde dos menos favorecidos, que não têm acesso à farmácia tradicional. O mais importante é que estamos usando a flora medicinal riquíssima do Maranhão. Nenhum governador antes atinou para isso, mas o governador Flávio Dino teve essa sensibilidade. Tenho certeza que vai mudar a qualidade de vida da população”, frisou.
O II Encontro Anual da Força Estadual de Saúde foi realizado, nesta terça-feira (19), no auditório do Palácio Henrique de La Rocque, e contou com a participação, também, do secretário de Estado de Direitos Humanos e Participação Popular, Francisco Gonçalves da Conceição.
Programa Farmácia Viva
O Programa Farmácia Viva, coordenado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), promove a orientação da população para o uso correto das plantas medicinais, agregando o conhecimento popular respaldado cientificamente à atenção primária à saúde. Além da construção de um horto, com cerca de 70 espécies de plantas medicinais, é feita a capacitação de técnicos para cultivar e entender os usos terapêuticos de cada espécie.
As espécies cultivadas – como mastruz, santa quitéria, picão, vick, erva cidreira, hortelã da folha grossa, boldo do Chile, etc -, apesar de não substituírem a medicação tradicional, auxiliam no tratamento de problemas renais, gastrite, dores musculares, diabetes, disfunções hepáticas, hepatites, verminoses, amidalite, doenças gastrointestinais e gripe.
“Usamos cerca de 70 espécies, porém a escolha para cada localidade depende da fitogeografia de cada região. Tem cidade que trabalhamos com 20 espécies outras com as 70 espécies. Temos também hortos de vários modelos, temos em formato de mandala, com garrafa pet, com pneus, vai variar de acordo com o que querem. Com essa diversidade, conseguimos aumentar as possibilidades de implantação”, esclareceu a coordenadora do Farmácia Viva, Kallyne Bezerra.
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