sexta-feira, 20 de julho de 2018

Caso Vitória: promotoria diz que trio matou menina mesmo depois de saber que era o alvo errado


Os três suspeitos de matarem a menina Vitória Gabrielly, de 12 anos, cometeram o crime mesmo sabendo que pegaram a vítima errada, conforme alega a promotoria. O Ministério Público denunciou na segunda-feira (16) o trio por sequestro, homicídio e ocultação de cadáver.
A denúncia foi aceita pelo juiz Flávio Roberto Carvalho na terça-feira (17). O processo corre pela Vara Criminal de São Roque em sigilo de Justiça.
O servente de pedreiro Júlio César de Lima Erguesse, e o casal Bruno Marcel de Oliveira e Mayara Borges de Abrantes, estão presos desde junho pela morte de Vitória Gabrielly.
Na denúncia do MP, a qual a TV TEM teve acesso, os promotores fundamentaram o pedido de prisão preventiva com informações sobre a personalidade dos suspeitos.
A promotoria afirma que os réus se mostram incapazes de conviver em sociedade, que têm "traços de personalidades animalescas" ao sequestrarem a menina de apenas 12 anos, e "frieza extrema" na execução do crime. Ainda conforme o documento, a menina Vitória Gabrielly foi morta pelos suspeitos para esconder o sequestro.

Morte por engano

A possibilidade de a menina ter sido morta por engano era investigada desde o início do trabalho da Polícia Civil. A linha de investigação foi confirmada a partir do depoimento de uma testemunha, ouvida no Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), na capital.
A testemunha, que teve a identidade preservada, afirmou que devia cerca de R$ 7 mil a um traficante e que tem uma irmã com as mesmas características da menina Vitória.

Relembre o caso

Vitória Gabrielly desapareceu na tarde do dia 8 de junho, quando saiu de casa para andar de patins, em Araçariguama. Uma câmera de segurança registrou a meninana rua no dia do sumiço.
adolescente foi encontrada morta oito dias depois, em 16 de junho, em uma mata às margens de uma estrada de terra, no bairro Caxambu.
Segundo a polícia, a garota estava com os pés e as mãos atados e o corpo amarrado a uma árvore. Vitória usava a mesma roupa que vestia no dia em que sumiu e os patins foram encontrados perto do corpo.
A morte da menina comoveu a cidade de Araçariguama, que se mobilizou para encontrá-la. Cerca de duas mil pessoas participaram do enterro.

Suspeitos presos

O primeiro suspeito preso foi o servente de pedreiro Júlio César de Lima Erguesse, localizado após uma denúncia. O rapaz, de 24 anos, chegou a dar seis versões sobre o desaparecimento da menina. Exames feitos pelo Instituto de Criminalística comprovaram que havia DNA de Vitória Gabrielly sob as unhas de Júlio.
O rapaz contou à polícia que esteve dentro de um carro com a garota e o casal Bruno Marcel de Oliveira e Mayara Borges de Abrantes. Em todos os depoimentos, o casal negou envolvimento no crime.
Entretanto, cães farejadores da Guarda Municipal de Itupeva sentiram o odor de Bruno na cena do crime, e o de Vitória Gabrielly na residência do casal.
Com informações 
G1
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