Na volta do horário eleitoral para a campanha de segundo turno, os dois candidatos a presidente destacaram medos, fizeram referências às suas famílias e falaram em unir o Brasil. Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT)também mencionaram a violência na campanha, tanto o atentado sofrido pelo candidato do PSL em setembro, quanto as denúncias de agressões contra apoiadores do petista em razão da disputa eleitoral.
Os espaços para os candidatos nas programações de rádio e televisão voltaram a ser veiculados nesta sexta-feira (12). Haddad e Bolsonaro têm cinco minutos cada um em quatro oportunidades ao longo do dia. Às 7h e às 12h no rádio, e às 13h e às 20h30 na televisão. Além disso, anúncios individuais serão veiculados ao longo da programação das emissoras. A propaganda eleitoral acaba em 26 de outubro, dois dias antes da realização do segundo turno.
Um locutor tomou a maior parte do tempo destinado a Bolsonaro no primeiro bloco de cinco minutos no rádio. Após quase três minutos de propaganda, Bolsonaro entra no programa e fala sobre seu "xodó", a filha Laura. O áudio traz pausas longas, que demonstram a emoção de Bolsonaro ao relembrar que "já havia decidido não ter mais filhos" e tinha feito vasectomia. "Mudou muito a minha vida a chegada da Laura".
Em abril do ano passado, em palestra no Rio de Janeiro, Bolsonaro disse que tinha cinco filhos e, na sequência, soltou uma frase polêmica. "Foram 4 homens, a quinta eu dei uma fraquejada e veio uma mulher", em referência à caçula.
No programa de Haddad, o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), explorado exaustivamente durante o primeiro turno, não foi citado. O PT também não ganhou destaque. Haddad disse que "essa campanha não é de um partido". "Quero contar com todos que são a favor da democracia. Eu conto com você. Vamos vencer a violência".
Com informações
Nathan Lopes
Do UOL, em São Paulo
Do UOL, em São Paulo
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